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1.
Percepção: treinando o Qi Gong, precisamos de um pensamento
profundo para alcançar um bem estar espiritual e uma satisfação
plena. A maneira tranquila e suave de se conduzir o pensamento e
a elegância dos movimentos geram uma satisfação
muito especial. Quando, no treino, as coisas se mostrarem difíceis,
devemos achá-las fáceis; quando duras, moles; quando
grosseiras, suaves; quando impossíveis, possíveis.
Devemos usar também as melhores imagens e aprender com as
suas formas, como por exemplo as belas paisagens, pinturas, esculturas,
relíquias culturais, lugares históricos, que nos darão
a condição de conhecer o pensamento artístico.
Dessa maneira, o treinamento torna-se mais e mais interessante a
cada dia que passa.
2.
Expandir-se: na vida das pessoas sempre há algo que as incomoda,
trazendo desequilibrio às suas vidas. Para mudar esta condição,
o sentimento de ampliar-se, expandir-se é necessário.
Pode-se realizar este sentimento, por exemplo quando se imagina
uma caminhada no alto de uma montanha, ou admira-se a grandeza do
mar tornando-se a mesma. Assim, adquirimos mais confiança,
mais coragem para viver, perdendo o medo de enfrentar as dificuldades.
O pensamento, dessa maneira, não encontra amarras ou bloqueios
emocionais. Ser honesto com os outros, conosco e com o que fazemos
é muito importante para o crescimento espiritual. Não
devemos mentir nem para os outros, nem para nós mesmos. A
honestidade pode eliminar o nosso medo consciente e inconsciente,
nos trazendo tranquilidade, paz de espírito e relaxamento.
3.
Perdoar: na vida existe sempre algum tipo de frustração,
que gera ódio, sentimentos de vingança, raiva, tensão,
tristeza, inveja, resumindo, emoções aflitivas que
nos enfraquecem. A melhor maneira de eliminar esses sentimentos
é perdoar o outro, pois só o perdão pode reequilibrar
a vida.
4. Respeito filial: precisamos ter muito respeito para com os nossos
antepassados (os vivos e os que já se foram). É preciso
meditar para reconhecer erros que cometemos para com eles e procurar
transformá-los. Utilizando esse sistema, desenvolvemos a
nossa inteligência. Todas as informações da
vida nos foram transmitidas, de geração em geração,
pelos nossos antepassados. As informações das vidas
de nossos antepassados estão presentes em todo o universo
em forma de energia que nos ajuda em nossas vidas. Consequentemente
respeitando nossos antepassados, purificamos os nossos corações.
5.
Inocência infantil: no Gong Fu interno treina-se um sistema
chamado Tongzi Gong, que consiste em manter a mesma energia e o
mesmo pensamento da infância (anterior à primeira dentição).
Quando treinamos Qi Gong, precisamos nos lembrar das coisas engraçadas
e felizes da nossa infância. Pensando e agindo dessa maneira,
a inocência infantil realmente ressurgirá em nosso
ser.
6.
Mar de energia: precisamos pensar que o lugar onde vivemos é
um mar de energia. Essa energia está em nós e nós
vivemos nela. Quando treinamos, precisamos esquecer de nós
mesmos, de quem somos, não pensar se somos bonitos ou feios,
bons ou maus. Devemos esquecer de nossa própria existência.
Sentimos o espaço e o tempo de maneira distinta como se estivessemos
dentro de outro universo. Isto é chamado pelo Taoismo de
Huanghu. Estando no estado de Huanghu podemos nos conectar à
energia de outra pessoa e obter, assim, informações
sobre ela. Todas as informações estão contidas
no universo em forma de energia. Deste modo, podemos sentir o que
a outra pessoa está fazendo, o que fez, se ela está
bem ou mal. Porém, não existe 100% de acerto e muitas
vezes não é possível esta conexão.
7.
Três espaços e tempos: como podemos compreender o passado,
o presente e o futuro? Nós tendemos a recordar situações
passadas e a projetar situações futuras. O segredo,
de acordo com o Budismo, é manter-se atento ao presente,
estar no aqui e agora. Viver do passado cria apego, assim como projetar
o futuro também. Esses apegos nos prendem a imagens passadas
ou futuras, nos impedindo de estar vivendo o tempo presente. Eles
podem ser dissolvidos quando nos concentramos no aspecto presente
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